26 de set. de 2012


Mas nem sempre é necessário tornar-se forte
Temos que respirar nossas fraquezas.

Clarice Lispector 
 

22 de set. de 2012

Gênesis 16:1-16 A impaciência à espera da Promessa de Abraão

 
O povo de Deus é em muitos aspectos um tipo muito estranho. Em Gênesis 14-15, Abraão é visto como um brilhante exemplo de fé. Entretanto, em Gênesis 16 ele age contrário a fé. O fato dos Cristãos estarem sujeitos a influências de diferentes forças, explica estas inconsistências [Gálatas 5:16-17]. Nós nos alegramos por Deus não permitir que a verdadeira fé salvadora venha a fracassar [I João 5:4].
 
I. A Necessidade de Fé - versículo 1.
Deus muitas vezes espera para agir até que Seus planos se tornem humanamente impossíveis de serem realizados. Abraão tinha oitenta e cinco anos e não tinha tido filhos e Sara havia passado da idade de poder engravidar.

Qual a esperança que eles poderiam ter de terem um filho? A resposta é claro, deveria ser que a promessa de Deus era suficiente para eles. Deus sempre mantém Sua palavra. Todavia, Ele faz isso de maneira que Ele mesmo venha a ser glorificado. O Seu tempo e métodos são muitas vezes uma prova para a carne. Nós devemos aprender que a fé deve ser acompanhada de paciência para poder aguardar calmamente para Deus cumprir a Sua palavra. [Hebreus 6:12; 10:35-36].
 
II. A Tentação - versículos 1-3.
Note como a aproximação da tentação pode ser sutil:

A. Ela veio por meio de uma pessoa justa [I Pedro 3:6].
B. Ela veio de uma pessoa próxima de Abraão.
C. Ela foi uma bem intencionada tentativa de "ajudar a Deus".

Entretanto:

A. Ela era contrária ao plano de Deus para o casamento.
B. Ela não passava de uma estratégia humana para tentar melhorar o plano divino.

III. Uma Alegoria.
O casamento e os eventos subseqüentes são usados nas Escrituras como uma alegoria para nos ensinar o perigo de tentar ser salvo pela lei [Gálatas 4:21-31]. Isto será explicado no decorrer do estudo. Os pregadores também têm usado isto como exemplo de uma tentativa tola de fazer a vontade de Deus no poder da carne.

IV. A Poligamia Consumada - versículos 4-6.

O propósito do casamento é a felicidade da humanidade e a criação de crianças tementes a Deus [Malaquias 2:15]. A poligamia é inimiga destes propósitos divinos. Não houve nenhum casamento polígamo em que o ciúme e a amargura não entraram. Infelizmente, isso sempre passa para os filhos [Gênesis 21:9-11]. Depois que Agar deu a luz, ela começou a provocar e irritar Sara. Abraão então permitiu que Sara a "colocasse em seu devido lugar". Isto causou um ressentimento tão grande, que Agar fugiu de casa.

V. Beer-Laai-Rói - versículos 7-14.
Sem dúvida, enquanto Agar vagueava, ela começou a refletir e a se acalmar. Enquanto ela estava descansando em uma fonte de água, o Anjo do SENHOR (Jeová) apareceu a ela. Aqueles que conhecem as Escrituras sabem que este Anjo era o Filho de Deus. Agar foi instruída a voltar para a casa de Abraão e então cumprir o plano que Deus tinha para ela. Provavelmente ela mesma já estava contemplando isto.

Agar aparentemente era uma mulher justa. Ela parece ter ficado muito impressionada com este encontro com o Senhor. Como muitas outras pessoas do Velho Testamento, ela estava surpresa de ter visto a Deus e ainda estar viva. Eles sabiam que ninguém poderia ver a completa glória de Deus e ainda sobreviver.

Agar também estava impressionada pelo fato de que Deus era um Deus que sempre a via. Dali em diante ela se referia a Deus como "Tu és Deus que me vê". Ela deu o nome ao poço no qual ela se encontrara com Deus de Beer-Laai-Rói, que significa "o poço Daquele que vive e me vê". Quantas pessoas nunca perceberam que Deus vê seus atos e pensamentos. Eles ficariam chocados em saber que Deus presta atenção neles. Que nós vivamos como aqueles que se lembram de que são observados pelos "olho que tudo vê" de nosso Senhor.
 
VI. As Promessas de Deus para Agar - versículos 10-12.
Aparentemente por causa de Abraão, Deus abençoou Agar e Ismael [Gênesis 17:18]. Entretanto, os descendentes de Ismael se tornaram inimigos de Israel. Isto não ilustra o fato de que a obra de Deus feita no poder ou sabedoria da carne sempre produzirá problemas, e por fim prejudicará a obra do Senhor?

Veja as promessas e profecias feitas a Agar:

A. Seus descendentes seriam uma multidão.
B. Ela teria um filho que se chamaria Ismael.
C. Ismael seria um homem violento, que ao mesmo tempo se oporia e sofreria oposição. Aparentemente o povo Árabe, descendente de Ismael, tem exemplificado isto.

VII. O Nascimento de Ismael - versículos 15-16.
Ismael nasceu de uma escrava e foi concebido estritamente pelo poder da carne. Ele permanecerá para sempre como uma figura daqueles que buscam a salvação através da lei.

Gênesis 15:1-21 Batalha contra a descrença

 
A Bíblia é uma revelação progressiva. Quanto mais nós prosseguimos em conhecê-la, mais luz e entendimento nós receberemos dos propósitos e do plano de Deus. Gênesis 15 é um grande passo em direção a esta revelação.

Muitos conceitos novos são introduzidos aqui:
A. O conceito de fé - vers. 6
B. O primeiro dos títulos "EU SOU" de Deus aparece aqui - vers. 1.
C. O primeiro exemplo de salvação pela fé - vers. 6
D. O primeiro exemplo de justiça imputada - vers. 6.
E. A primeira menção da "palavra do Senhor".
 

I. O Desânimo de Abraão - versículo 1.
Na batalha descrita no capítulo 14, Abraão fez alguns inimigos poderosos. O que proibiria estes poderosos exércitos a retornarem para destruir uma tão pequena força militar? Que chance Abraão teria contra eles se não tivesse utilizado este elemento de surpresa? Não há dúvidas de que todos estes pensamentos passaram pela mente de Abraão. Nós normalmente nos sentimos vulneráveis diante de dúvidas e temores, principalmente após termos passado por uma vitoriosa experiência.
Em Sua bondade e graça Deus confortou Abraão. Deus é Jeová, que significa "Eu Sou". Ao usar este título Deus estava se comprometendo da seguinte maneira: "Eu Sou o que quer que meu povo necessite".

Deus prometeu aqui que seria estas duas coisas para Abraão:
A. "Teu Escudo" - Abraão não precisava temer seus inimigos, assim como nós não devemos também [Salmo 4:8].
B. "Teu Grandíssimo Galardão" - Abraão se recusou a ser enriquecido pelo rei de Sodoma. Aqueles que abandonam alguma coisa por amor a Deus, nunca perdem por isso. A graça e a presença de Deus já é mais do que uma compensação, e, além disso, Ele sempre cuida e recompensa Seus filhos.

Note que nos versículos 1 e 4, a "Palavra do Senhor" veio a Abraão em visão e falou com ele. A maneira pela qual a "Palavra do Senhor" é personificada tem levado algumas pessoas a crerem que isto é uma referência a Jesus Cristo, ao invés da Palavra meramente falada [João 1:1 e 14; I João 1:1; Apocalipse 19:13].
 

II. A Reclamação de Abraão - versículos 2-4.
 Deus havia prometido fazer de Abraão uma grande nação [Gênesis 12:2]. Enquanto Abraão envelhecia, parecia que isto se tornava cada vez mais impossível de se concretizar. Seu único herdeiro era o seu mordomo. Abraão não duvidou de Deus, ele apenas não entendia o que Deus estava fazendo. As vezes esquecemos que Deus aguarda até que toda esperança na carne se desvaneça, antes que Ele execute Seus maravilhosos feitos. Desta maneira somente Deus é glorificado e nossa fé é exercitada. Deus reafirmou a Abraão a sua promessa.
 

III. A Conversão de Abraão - versículos 5-6.
Temos aqui o primeiro exemplo de salvação pela fé registrado nas Escrituras. Abraão se tornou o "Pai dos fiéis", pois quem é salvo pela fé está seguindo este padrão [Gálatas 3:6-7]. Gênesis 15:6 é de tamanha importância, que ele é citado três vezes no Novo Testamento [Romanos 4:3; Gálatas 3:6; Tiago 2:23]. Deus levou Abraão para fora a fim de lhe mostrar as estrelas, e prometeu que a semente dele seria tão numerosa quanto aquelas estrelas. Com uma fé divinamente trabalhada, Abraão creu no Senhor.
Note aqui vários pontos importantes:
A. A fé de Abraão estava baseada na vinda do Salvador. Ele não somente creu que teria uma grande descendência, mas que de uma delas sairia o Salvador dos pecados[Gálatas 3:16]. Abraão confiou no Salvador que viria [João 8:56].
B. A fé de Abraão o levou a ser contado como justo ou justificado diante de Deus. Aqueles que crêem em Cristo têm a "justiça de Deus" imputada em favor deles [Romanos 4:22-25; 3:21-22]. Nós, como Abraão, não somos aceitos diante de Deus pela nossa bondade. Mas através da justiça de Cristo, que nos é imputada, nós somos justificados diante de Deus [II Coríntios 5:21].
C. Abraão como o "Pai dos fiéis" é o padrão de todos os remidos. Todo Cristão professo deveria perguntar: Eu fui salvo de acordo com o mesmo padrão de Abraão, ou estou confiando em outra coisa?

Vejamos como Paulo usa o exemplo de Abraão para expor falsas esperanças:
1. Ela não é alcançada através das obras [Romanos 4:1-8].
2. Ela não é alcançada através da circuncisão [Romanos 4:9-12].
3. Ela não é alcançada através da Lei [Romanos 4:13-16]. Ver também Gálatas 3. 


Na passagem de Gênesis 15:7-21, o Senhor alargou a promessa feita a Abraão, e a selou fazendo uma aliança incondicional com ele. Aqui há muitas coisas que podemos aprender da natureza da graça de Deus em nossa própria salvação.
Aqui o Senhor reafirma Sua promessa de dar a Palestina para Abraão e sua semente. Quando Abraão pede uma prova para confirmar esta aliança, ele não parece estar demonstrando um espírito de descrença. Ele tinha fé em Deus, e parece ter sentido que Deus desejava dar provas tangíveis de Suas intenções. Todos os que são salvos recebem provas da certeza da futura herança que Deus lhes preparou [Efésios 1:13-14]. (Deus, em muitas ocasiões, condescende à fraqueza do homem) [Gênesis 24:10-14; Juízes 6:36-40].
 
IV. A Aliança - versículos 9-10.
Nos tempos antigos, a forma mais forte de demonstrar lealdade e confiança era baseada na aliança descrita aqui. Os homens que desejavam fazer uma aliança matavam e desmembravam vários animais de seus rebanhos, em seguida, eles caminhavam entre as partes desmembradas. Desta maneira ficava implícito, que o que aconteceu aos animais, aconteceria com aquele que quebrasse a aliança [Jeremias 34:18-20].
Que maravilhosa graça o nosso Poderoso Deus demonstrou quando abaixou-se em fazer este tipo de aliança com os homens. O Senhor tem sempre dado ao homem a certeza de Suas intenções de manter Suas promessas [Hebreus 6:16-19].
 
V.A Vigilância de Abraão - versículos 11-12.
A visão de Abraão certamente durou de uma noite até a outra. O dia inteiro ele protegeu os animais sacrificados das aves famintas. Isto nos ensina a necessidade de vigilância em nosso relacionamento com Deus. Nossas orações e alianças com Deus exigem que gastemos tempo diante do Senhor, até que recebamos evidências de que fomos ouvidos [II Coríntios 12:8-9]. Nas Escrituras, as aves muitas vezes representam maus espíritos [Lucas 8:5 e 12]. Vamos tomar cuidado com os pensamentos vãos e as intrusões Satânicas que atrapalham a nossa vida de oração.  
 
VI. Deus Fala - versículo 12-16.
Enquanto a noite se aproximava, Abraão caiu em um profundo sono. Antes de confirmar a aliança, Deus explicou para ele o Seu futuro plano. Deus sempre dá ao Seu povo algum grau de conhecimento a respeito do futuro [João 15:14-15].

A. A semente de Abraão seria estrangeira em uma terra possuída por outros [Egito].
B. Lá eles seriam escravos.
C. A aflição deles duraria 400 anos (Os comentaristas mais conservadores dão uma explicação mais profunda dos problemas ligados a cronologia).
D. Deus julgaria a nação que os escravizaria [Êxodo 7-14].
E. Israel sairia enriquecido ao deixar esta terra [Êxodo 12:35-36]
F. Não há dúvidas de que Abraão estava imaginando se algumas destas coisas ocorreriam em sua época. A resposta foi "não", mas ele poderia estar certo de que teria uma vida longa.
G. Após passar por estas aflições, eles retornariam para Canaã.
H. Uma das razões pela qual a herança de Israel sofreria este atraso, seria porque os habitantes originais de Canaã não estavam prontos para serem julgados. Todos os habitantes de Canaã são chamados de Amorreus pelo fato de serem a tribo principal (Portanto, aprendemos que Deus na sua graça comum estabeleceu limites para a Sua longanimidade com as nações. Não há evidências nas Escrituras de que esta mesma verdade se aplique individualmente? [Hebreus 4:7; I Tessalonicenses 2:16; Apocalipse 2:20-23]. Muitos pregadores sinceros têm ridicularizado desta verdade de abusar da longanimidade de Deus por falharam em fazer uma distinção entre a graça comum e a graça salvadora.)
 
VII. A Graça - versículos 17-21.
Na escuridão, Deus confirmou a aliança passando entre os animais desmembrados. Sua presença se deu através do fogo [Deuteronômio 4:24] que era a forma normalmente conhecida pelos povos nômades. O forno (braseiro), era para lembrar a presença de Deus com Israel em seus futuros sofrimentos [Jeremias 11:4]. A tocha era uma figura da direção de Deus para o Seu povo [II Samuel 22:29].

A graça de Deus foi tremendamente manifestada quando somente Ele passou no meio dos animais desmembrados. De acordo com os costumes, ambas as partes teriam que passar no meio dos animais desmembrados e então teriam uma responsabilidade igual em guardar a aliança. O fato de que Deus incapacitou Abraão, a fim de que somente Ele pudesse passar pelos animais, é significativo. Ele estava demonstrando que a Sua aliança seria incondicional. As promessas da aliança feitas a Abraão não dependeriam de sua fidelidade, mas somente de Deus. No futuro, Israel saberia que as promessas que havia recebido estavam baseadas na graça imerecida de Deus. Não era pela santidade ou honestidade de Abraão, mas pela fidelidade de Deus em manter Sua promessa.
Isto por acaso não ilustra a nossa própria segurança na salvação? Deus se responsabilizou por toda nossa redenção. Nossa esperança não esta baseada em nossa bondade, mas na promessa incondicional de Deus [II Timóteo 1:9; Romanos 8:33-39]. O efeito é engrandecido quando nós consideramos que os animais sacrificados foram todos usados nas ofertas Levíticas durante o regime da lei, e assim eram símbolos de Cristo. Eles representavam o que aconteceria com aqueles que quebrassem a aliança. Todos nós somos transgressores da lei e da aliança, mas Cristo pagou pela culpa dos nossos pecados [Romanos 8:3, 5:8]. Através da Sua morte, Deus poderia conceder uma salvação inteiramente pela graça para o Seu povo [Tito 3:5-7].


Fonte: www.palavraprudente.com.br

Gênesis 14:1-24 A primeira Guerra e o resgate de Ló

 
Neste capítulo podemos observar novas manifestações do caráter justo de Abraão. Aqui também somos apresentados a Melquisedeque, o misterioso rei, que é tão importante na história da salvação. 

I. O Grande Ataque - versículos 1-12.
Temos aqui a primeira menção da guerra na Bíblia. O homem não demorou muito tempo para aprender esta arte [Tiago 4:1-2]. Para aqueles que estiverem interessados em se aprofundarem neste estudo, há vários livros escritos a respeito da identidade histórica e os ancestrais destes reis.
Ló havia acumulado tesouros na terra, e então os ladrões começaram a minar e roubar. Podemos imaginar se isso não fora um castigo de Deus, e se foi, Ló não aprendeu ou tirou proveito desta repreensão. 

II. A Vitória de Abraão - versículos 13-15.
Várias coisas são dignas de nossa atenção:
A. Nesta passagem podemos ver como Abraão era rico. Ele deve ter tido mais de mil servos, pois convocou trezentos e dezoito para entrarem em combate.
B. Vemos aqui a grande coragem e habilidade militar de Abraão. Muito provavelmente, ele não só comandou seus próprios homens, como também todas as forças confederadas [vers.13]. A sua estratégia militar foi sábia e muito bem executada. A habilidade para comandar forças armadas não seria incomum para um xeque nômade como Abraão.
 
III. O Caráter de Abraão - versículos 16-24.
Abraão foi muito bem sucedido em sua campanha militar. Mais importante ainda, seu caráter como um homem de Deus se sobressaiu.
A. A atitude de Abraão para com Ló fala a respeito de seu caráter. Ele manteve um amor fraternal e um interesse por Ló, a despeito de sua atitude egoísta. Muitos teriam se alegrado em ver a situação de Ló ao invés de ajudá-lo.
B. Abraão deixou bem claro que ele não havia lutado a fim de aumentar suas riquezas. O rei de Sodoma reconheceu que Abraão tinha o poder de estabelecer os termos. Ele poderia ter ficado com toda a riqueza. Abraão, entretanto, queria que seus motivos fossem claramente entendidos. Ele levaria apenas aquela comida para os seus servos. As guerras feitas apenas por motivos financeiros são injustas. (Abraão permitiu que seus confederados recebessem suas recompensas ou despesas - vers. 24).
C. Note que a principal razão para Abraão se recusar a receber do espólio da guerra, foi sua preocupação em glorificar a Deus. Ele havia feito um voto a Deus de que não pegaria nada do malvado rei de Sodoma [vers. 22-23]. Ele não queria que o ímpio levasse o crédito das bênçãos que Deus havia lhe dado. Este interesse em glorificar a Deus, nos faz lembrar de alguns de Seus servos [II Reis 5:15-16; II Coríntios 11:9].
 
IV. Melquisedeque.
No versículo 18, encontramos uma das pessoas mais misteriosas da Bíblia. O autor de Hebreus não somente mostra a importância deste homem, como também deixa claro, que somente alguém espiritualmente maduro pode compreender este assunto [Hebreus 5:10-11].
A. O Relato Bíblico - versículos 18-20. 

1. Melquisedeque foi um rei - vers. 18. 
a. Ele foi rei de Salém. Salém significa "paz".
b. O nome "Melquisedeque" significa "rei da justiça". 

2. Ele era um sacerdote de Deus - vers. 18.

3. Ele alimentou Abraão quando este voltou da batalha.

4. Ele abençoou Abraão - vers. 19

5. Abraão pagou o dízimo a ele - vers. 20.

6. Não há registro de seu nascimento, morte ou parentesco [Hebreus 7:3].

B. Quem foi Melquisedeque?

1. Alguns acreditam que ele foi Sem. Esta é uma teoria interessante, mas como nós temos o parentesco de Sem, ela acaba caindo por terra [Hebreus 7:3].
2. Outros ensinam que Melquisedeque não foi outro senão o próprio Jesus, aparecendo temporariamente em forma humana. Estas manifestações de Deus no Velho Testamento são chamadas de Teofanias, e não devem ser confundidas com a encarnação de Cristo como homem [Gênesis 18:22, Josué 5:13-15].
Como Hebreus 7:3 e 15 deixam claro que Melquisedeque foi um tipo ou figura de Cristo, nós também devemos rejeitar esta idéia.
3. Hebreus 7:3 e 15 deixam claro que Melquisedeque foi um tipo de Jesus Cristo. Assim como Adão, Moisés, Arão ou Davi, ele foi um homem mortal, cuja pessoa e vida, de várias maneiras foram um símbolo de Jesus Cristo.

C. O sentido doutrinário de Melquisedeque. Em Salmos 110, e Hebreus 7:1-28, nós aprendemos que Jesus Cristo foi um sacerdote, não segundo a ordem Levítica, mas, segundo a ordem de Melquisedeque. Este é um dos mais preciosos ensinos bíblicos a respeito de nosso Salvador.
Aviso aos professores: Apesar de encorajarmos nossos estudantes a ler Hebreus cap. 7, achei que ficaria muito complexo expô-lo no estudo de Gênesis.

Autor: Pastor Ron Crisp
Fonte: www.palavraprudente.com.br 
 
 

Gênesis 13:1-18 Abrão e Ló separam-se

 
A vida de Abraão foi marcada por uma série de altos e baixos. Ele era um homem de verdadeira fé, e como todos os santos, ele passou por períodos de declínio espiritual. Após a sua queda no capítulo 12, ele estava brilhando novamente para Deus no capítulo 13 de Gênesis. 

I. A restauração de Abraão - versículos 1-4.
Embora Abraão tenha falhado com Deus no Egito, o Senhor não o abandonou [Salmo 37:23-24]. Através do castigo ele foi restaurado novamente para Deus [Hebreus 12:6-11]. Embora a fé das pessoas regeneradas possa falhar de vez em quando, ela nunca é vencida [Hebreus 12:2; Lucas 22:32]. Abraão voltou para Canaã e à comunhão com Deus. Ele estava confiando em sua própria sabedoria quando ele desceu ao Egito. Cada passo de descrença o envolveu em maiores dificuldades. Depois de ser castigado e lembrado da habilidade de Deus em cuidar de Seus filhos, ele retornou ao lugar onde havia abandonado a Deus, e então começou novamente a ter comunhão com Ele. A oração de Abraão sem dúvida incluiu uma confissão de seu pecado [I João 1:7-9]. 

II. Um Problema - versículos 5-7.
Os Cristãos nunca vão muito longe sem se depararem com problemas. Deus havia enriquecido tanto a Abraão e a Ló, que se tornou difícil para eles viverem perto um do outro. Começou a ocorrer um atrito entre seus pastores, que aumentou dia a dia. Não podemos afirmar, mas imaginamos que em parte este problema veio pela desobediência inicial de Abraão, que falhou em se separar totalmente de sua parentela [Gênesis 12:1].
O versículo 7 nos mostra que os habitantes originais de Canaã estavam presentes lá. Uma importante lição deveria ser observada aqui. Os Cristãos terão sempre suas diferenças e desacordos. No entanto devemos lembrar que o mundo e os inimigos de Deus estão assistindo. O mundo adora ver os Cristãos brigando e desonrando a Deus. Vamos sempre ser cuidadosos em nosso comportamento quando tratarmos com outros crentes, de maneira que venhamos a agradar a Deus [I Coríntios 6:1-7 ilustra isto].

III. Uma Resposta Espiritual - versículos 8-9.
Abraão verdadeiramente manifestou um espírito Cristão aqui. Lembrando-se de que ele e Ló eram "irmãos", demonstrou que não queria brigar. Ele parecia valorizar seu relacionamento com o povo de Deus. Em sendo um homem mais velho, ele poderia ter decidido as coisas a sua maneira, mas rebaixou-se para Ló [I Pedro 5:5; I Coríntios 6:7]. Em tudo isso ele agiu como um homem de mente espiritual [I Coríntios 3:1-3].
Perceba que enquanto nós nunca deveríamos desenvolver uma raiz de amargura contra outro Cristão, às vezes a separação é a melhor opção. Como ocorreu com Paulo e Barnabé, às vezes os homens mortais não podem se encarar face a face [Atos 15:36-41]. Entretanto, o amor Cristão deveria permanecer.
 
IV. Uma Decisão Carnal - versículos 10-13.
Ló era um verdadeiro filho de Deus [II Pedro 2:6-9]. Infelizmente, ele ilustrou a verdade de que os santos podem fazer decisões carnais e sofrerem grandes perdas.

Note os erros de Ló:
A. Ele se casou com uma mulher que não temia a Deus e teve graves conseqüências em sua vida como resultado dessa decisão.
B. Ele tomou decisões sem primeiro orar [Provérbios 3:5-6]. Diferente de Abraão, a Bíblia não menciona que ele tivesse muita comunhão com Deus.
C. Suas decisões foram baseadas somente em fatores mundanos [vers. 10], sem nenhuma preocupação das implicações espirituais [vers. 13]. Quando sua vida é explanada diante de nós, vemos que ele estava constantemente ocupado nos negócios deste mundo.

Vejamos o que Ló perdeu em razão de sua vida espiritual descuidada:

A. Ele perdeu a paz e a alegria de espírito [II Pedro 2:7-8].
B. Ele perdeu sua família. Sua mulher e alguns de seus filhos morreram quando Sodoma foi julgada. Suas outras duas filhas deram muitas evidências de que não conheciam a Deus.
C. Ele perdeu na sua influência. Não há evidências de nenhuma conversão em Sodoma. Até mesmo sua família não levou a sério as suas advertências espirituais [Gênesis 19:14].
D. Seus descendentes se tornaram uma maldição para o povo de Deus [Gênesis 19:36-38].
E. Ele caiu em pecados grosseiros [Gênesis 19:30-38].
F. Parece que ele foi corrigido por Deus [Gênesis 14], mas não tirou proveito disso, o que levou Deus a exercer uma disciplina mais séria de Gênesis 19.
G. Em geral podemos dizer, que enquanto a alma de Ló estava salva, sua vida foi perdida. Consideremos a importância de caminharmos em obediência com o Nosso Salvador.
 
V. Andando com Deus - versículos 14-18.
Enquanto Ló estava aprendendo que este mundo não pode dar satisfação, Abraão estava desfrutando da comunhão com Deus. Vamos meditar seriamente neste contraste. Porventura Abraão não escolheu a melhor parte?
Uma vez mais Deus faz promessas a Abraão. Estas promessas se referem à Aliança da Palestina. A terra da Palestina foi dada como uma concessão perpétua a Abraão e sua semente. É fascinante ver Israel hoje de volta à sua terra.
Alguns têm perguntado como as promessas de Deus a respeito de uma herança terrena, pode se encaixar com a passagem de Hebreus 11:8-10. Lembre-se de que Abraão será ressuscitado para reinar com Cristo aqui na terra [Mateus 8:11]. Um dia o reino de Deus se manifestará visivelmente na nova e transformada terra. Abraão morreu sem possuir um acre da terra de Canaã [Atos 7:2-5], no entanto, ele desfrutará desta herança por toda a eternidade.

Fonte: Autor: Pastor Ron Crisp
Fonte: www.palavraprudente.com.br

Gênesis 12:1-20 o Chamado de Abraão

Introdução

Todo leitor atento notará como o foco do livro Gênesis começa a se estreitar neste ponto: mais espaço é dado para Abraão do que para a criação do mundo. Gênesis 1-11, é em muitos aspectos uma introdução ao restante da Bíblia. Em Gênesis 12, vemos um grande avanço na história da redenção, quando Deus escolhe e chama Abraão.
Há várias coisas para lembrar a respeito deste homem:
A. Ele é o pai da nação Judaica e também de algumas outras.
B. Ele é o pai de todos os que são da fé [Gálatas 3:6-9]. A palavra "Pai" aqui tem o sentido de alguém que é um exemplo em uma área particular [Gênesis 4:20-21; João 8:44]. Abraão é o primeiro homem a ser mencionado como sendo salvo pela fé. Portanto, todos os que crêem em Cristo para a salvação, são filhos de Abraão. Antes de Abraão os homens também eram salvos pela fé, mas ele é o primeiro homem a quem Deus usa como um exemplo disto [Gênesis 15:3; Romanos 4:3].
C. Abraão é o primeiro ancestral do Salvador Jesus nitidamente especificado.

I. A Chamada de Deus - versículo 1.
Nós apenas podemos imaginar como Gênesis 12:1 se correlaciona com Gênesis 11:31-32. Em Atos 7:2-4, nós aprendemos que o chamado de Abraão veio enquanto ele estava em Ur dos Caldeus. A mudança de Terá, provavelmente ocorreu devido a chamada que Abraão recebeu. Entretanto, ele parou em Harã antes de entrar em Canaã. Este atraso provavelmente foi causado pela desobediência de Abraão. Ele deveria deixar ou sair de sua parentela, e a falha em deixar seu pai, tiveram como resultado a sua primeira desobediência no destino que Deus lhe traçara.

O Senhor desejava levantar uma nação separada, pela qual, Ele iria realizar o Seu plano da redenção. Até mesmo a família de Abraão tinha vivido entre os idólatras [Josué 24:2]. A escuridão do pecado parece ser universal, mas nós vemos o plano predestinado por Deus sendo realizado na chamada de Abraão. Quem naquela época poderia imaginar o que Deus iria fazer através de Abraão. A obediência dele exigiu grande fé [Hebreus 11:8]. Houve muitas dificuldades aparentes acerca da sua fé nas promessas de Deus.

A. Ele não sabia para onde Deus o levaria.
B. Sua esposa era estéril.
C. Ele foi forçado a quebrar os laços familiares.
D. Canaã era uma cidade repleta de pessoas idólatras e ímpias, e Abraão não poderia desfrutar da amizade deles.
E. Muitas provas vieram sobre Abraão enquanto ele obedecia a Deus.

II. Aliança de Deus - versículos 2-3.
Estas promessas dizem respeito a Abraão como pai da nação Judaica, e também de alguém cuja descendência o Messias viria. Deus cumpriu e cumprirá cada uma destas promessas. Mesmo hoje, há pessoas em todas as partes do mundo que são salvas e abençoadas pela fé em Cristo, que são da semente de Abraão [Gálatas 3:13-14].

III. A Obediência de Abraão - versículos 4-5.
Tudo o que Abraão sabia na chegada a Canaã é que Deus o havia chamado para aquela terra. Ele creu, embora não pudesse entender completamente o plano de Deus. A fé geralmente nos leva para caminhos que são familiares somente ao Senhor.

IV. Mais Revelações - versículos 6-9.
Enquanto obedecemos a Deus, mais luz é lançada sobre o nosso caminho. Durante a sua viagem para Canaã, Deus fez novas promessas a Abraão. Aqui ele ficou sabendo que viera para Canaã porque sua semente a herdaria. Esta terra concedida aos Judeus é conhecida na teologia como a Aliança da Palestina. Perceba que Abraão era um homem que conhecia e adorava a Deus. Seus sacrifícios revelam sua fé na misericórdia de Deus. Quando ele "invoca o nome do Senhor", demonstra que ele sabia quem Deus realmente era.

V. Provas - versículos 10-20.
Como a estória não é complexa, vamos simplesmente considerar algumas das lições que são apontadas nestas Escrituras:

A. As provas vêm até mesmo para aqueles que obedecem a Deus. O que Abraão deve ter pensado da fome que sobreveio sobre a terra prometida? É difícil entendermos, pois não esperamos que haja fome em Canaã (uma figura da vida cristã, e não do céu) I Pedro 4:12.
B. O maior de todos os santos pode cair. Vitórias passadas não são uma garantia de vitórias futuras. Cada prova necessita de um exercício novo da fé.
C. Um pecado leva a outro. Se Abraão tivesse ficado em Canaã, onde Deus o enviou, não teria sido tentado no Egito.
D. Durante as provações nossa fé deve estar confiada no poder de Deus e não na provisão do mundo (Egito é uma figura do mundo).
E. Nosso pecado pode servir de pedra de tropeço para outros. Note que Abraão conduziu sua esposa e seu futuro filho ao pecado [Gênesis 26:6-7]. Também não sabemos que tipo de má influência isto causou a Ló. Muitos acreditam que ele se casou com uma mulher Egípcia, que mais tarde veio a ser um exemplo do julgamento de Deus sobre o pecado.
F. Nossos pecados destroem nosso testemunho. O Faraó não aparenta ter tido amor por Abraão ou pelo Deus de Abraão.
G. Deus é soberano, e pode proteger o Seu povo em qualquer lugar para onde eles vão.
H. Deus pode corrigir e restaurar seus filhos que andam no erro [Hebreus 12:6-8].

Fonte: http://www.palavraprudente.com.br 
 
 
 

10 de set. de 2012

Durante a noite parece que a distância dobra, 
a tristeza triplica e a saudade se torna infinita.
 
Caio Augusto Leite
 

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